Afonso VI de Leão e Castela sentia que as suas terras estavam em perigo,por isso,dividiu os territórios e entregou a cargo de Henrique de Borgonha a parte correspondente que fica atualmente a norte de Portugal.O conde D.Henrique um lutador ávido e inteligente,continuou na sua incessante busca de mais território,travando batalhas com os mouros. Escolheu uma cidade, Guimarães, como capital daquele seu pequeno território, cidade aonde viria a falecer mais tarde em 1112.

 

 Ficou a governar este condado sua esposa D.Teresa, porém, passado algum tempo, esta pensava em casar com um fidalgo galego, de nome Fernão Peres, colocando assim em risco a independência em relação aos espanhóis. Desta forma, aos 14 anos, Afonso Henriques, filho de D.Henrique e de D. Teresa, arma-se cavaleiro e enfrenta sua mãe pelos interesses que julgava serem melhores para o seu país. Ganhou a batalha, satisfazendo assim todos os Portucalenses que ansiavam pela independência do condado. Afonso Henriques não ficou por ali, seguiu batalha atrás de batalha contra os mouros e assim aumentar o território a sul, e onde venceu uma importante batalha de Ourique, e declara a independência do Condado Portucalense. Foi então no ano1000, que foi fundado oficialmente aquele que seria o reino de Portugal. Portugal tinha o apoio dos cruzados em trânsito a caminho da terra Santa de 1166 a 1168, D.Afonso Henriques apoderara-se de várias praças pertencentes á coroa Leonesa.

  

Em 1120, Afonso tomou uma posição política oposta à da mãe (que apoiava o partido dos Travas que pretendiam tomar a soberania do espaço galaico-português), sob a direção do arcebispo de Braga D.Paio Mendes Este, forçado a emigrar, levou consigo o infante que em 1122 se armou cavaleiro em Tui. Restabelecida a paz, voltaram ao condado. Entretanto, novos incidentes provocaram a invasão do Condado Portucalense por Afonso VII de Leão e Castela que, em 1127, cercou Guimarães, onde se encontrava Afonso Henriques. Sendo-lhe prometida a lealdade deste pelo seu aio Egas Muniz, Afonso VII desistiu de conquistar a cidade.

 

Mas alguns meses depois, em 1128, as tropas de Teresa de Leão e Fernão Peres de defrontaram com as de Afonso Henriques na batalha de São Mamede, tendo as tropas do infante saído vitoriosas – o que consagrou a sua autoridade no território portucalense, levando-o a assumir o governo do condado. Consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder concentrou os seus esforços em negociações junto da Santa Sé com um duplo objetivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e obter o reconhecimento do Reino. O reconhecimento do Reino de Leão e de Castela chegou em 1143, com o tratado de Zamora, e deve-se ao desejo de Afonso VII de Leão e Castela em tomar o título de imperador de toda a Hispânia e, como tal, necessitar de reis como vassalos.

 

Desde então, Afonso I procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos.Procurou também conquistar terreno a sul, povoado então por mouros: Leria em 1135 (1145, conquista final) usando a técnica de assalto; Santarém em 1146 (1147, conquista final), também utilizando a técnica de assalto; Lisboa (onde utilizou o cerco como táctica de conquista, graças à ajuda dos cruzados), Armada e Palmela em1147, Alcácer em 1160 e depois quase todo o Alentejo, que posteriormente seria recuperado pelos mouros, pouco antes de D. Afonso falecer (em 1185. Em 1179 o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como país independente e vassalo da Igreja, através da Bula Manifestis Probatum.

 

D.Afonso Henriques contou com a ajuda dos cruzados em trânsito para a terra Santa conta a História que a 19 de Maio zarparam os primeiros contingentes de Cruzados de Dortmouth, Inglaterra, constituídos por Flamengos, Normandos, Ingleses, Escoceses e alguns cruzados Germanos. Segundo Odo de Deuil, perfaziam no total 164 navios, o que pode ter sido maior o numero do contingente na chegada a Portugal. Durante esta fase da Cruzada, o comando da mesma não estava ordenado a nenhum príncipe ou rei. A frota era dirigida por Arnold III de Aerschot, Christian de Ghistelles, Henry Glanville,Simon de Dover, Andrew de Londres, e Saher de Archele. A armada chegou a cidade do Porto a 16 de junho, foi então que o Bispo do Porto,Pedro II Pitões a tomar parte de uma operação militar que os Portugueses queriam incrementar a sul na tentativa de conquistar território aos Mouros que ali haviam ocupado.

 

Foi assim que em (1147) finalmente se conquistou Santarém era madrugada 15 de Março tal foi a facilidade da conquista em apenas uma noite, sendo Santarém uma praça muito forte e rica, em contraste com os quatro meses que foram necessários para a conquista de Lisboa, que se pode questionar se não teria havido conivência de parte de alguém do interior da cidade que ousara facilitar a invasão, no entanto devemos observar o fato de o poderio militar apresentado ter sido sem sombra de dúvidas de uma enorme envergadura.

 

              

 

Havia em Santarém muitos habitantes moçárabes (cristão de cultura árabe), pois a cidade apenas havia estado sob ocupação almorávida entre 1111 e 1140. Outra questão interessante, conta-se, foi a forma que Afonso Henriques utilizou para romper as tréguas estabelecidas, entre as tropas portuguesas e Santarém, já que os usos da época determinavam que se não podia atacar havendo tréguas, sem primeiro avisar o inimigo. D.Afonso Henriques terá então enviado Martin Mohab, numa terça-feira a Santarém dizendo que as tréguas estavam "rotas por três dias", mas atacou dois dias depois do prazo indicado.

A isto chamou Alexandre Herculano uma "perfídia", outros dirão que foi muito inteligente e hábil, típica da arte de guerra. Afonso Henriques não hesitou prossegue caminho para sul em direção a Lisboa, cidade bem defendida pelas forças de coligação Árabes. Enquanto as forças militares de Portugal avançavam por terra, os Cruzados por mar, penetrando na foz do rio Tejo, e em Junho desse ano, Cruzados e portugueses já reunidos faziam as primeiras incursões ferindo-se as primeiras escaramuças. Após violentos combates, o domínio e força das investidas foram dominados pelos cristãos quebrando então a mística de uma opulenta estrutura defensiva de Lisboa.

 

De 1189 datam as primeiras tentativas de conquista do Algarves. Corria a Primavera e o rei Sancho tinha bem preparado a sua expedição quando aportaram ao Tejo uns milhares de cruzados, que da Escandinávia se dirigiam à Terra Santa. Eram cerca de cinqüenta navios que após breves negociações, se punham ao serviço de Portugal. Chegados à baia de Lagos, depressa arrasaram a povoação de Alvor, que possuía um dos mais poderosos castelos da costa Algaravia. Os cruzados seguiram viagem e o rei voltou com os seus homens para Lisboa A 19 de julho, com cerca de três mil reforços cruzados, D. Sancho I, montaram cerco a Silves.

A rica e próspera cidade mourisca resistiu ao cerco implacável até 2 de Setembro e com ele caíram todas as forças muçulmanas de todo o oeste Algarvio. No ano de 1191 a sorte das armas vai inclinar-se para os Muçulmanos. As forças Almóadas obrigam Silves a render-see retomam todas as terras a sul do Tejo á exceção de Évora. Segue-se um longo período de paz. Mas com o rei D. Sancho II, entre 1229 e 1239, Portugal retoma todo o Alentejo e parte do Algarve a campanha é interrompida em 1239, devido à grave crise política que terminaria com a deposição de D. Sancho II substituído pelo seu irmão Afonso III.

Através dos tempos, o reino de Portugal construiu o que era conhecido como o Império Português, desde 1415 com a conquista de Ceuta. Com o tempo algumas colônias foram conquistando a sua independência, como o Brasil, que desde 7 de setembro de 1822tornou-se independente, formando o Império do Brasil, embora o mesmo tenha sido governado pela família imperial brasileira, um ramo da Casa de Bragança.Em 5 de outubro de 1910, 

 

                  

 

O princípio do século XVIII, Sebastião José de Carvalho e Melo o Marquês de Pombal, assume o cargo de primeiro-ministro de Portugal, e torna-se responsável por reformas em várias áreas. Introduziu em Portugal a doutrina do "direito divino dos reis", revelando-se um déspota esclarecido ao serviço de um apagado rei absoluto, Dom José I. Os jesuítas defensores do pacto de sujeição do Rei à República foram naturalmente expulsos. As Cortes nunca se reuniram. Foi muito contestado pela sua crueldade e rigidez, evidente no processo dos Távora. A reconstrução da baixa de Lisboa, após o terremoto de 1755, expressa os conceitos urbanos e estéticos do Iluminismo.

Relativamente ao Brasil, o marquês considerava-o uma colônia estritamente dependente de Lisboa e ao serviço do enriquecimento do Reino de Portugal. Com a morte de D. João VI, levantava-se um problema de sucessão. Após D. Pedro IV ter sido forçado a abdicar do trono de Portugal em favor do trono do Brasil, D. Maria II subia ao trono por legitimidade. Entretanto, D. Miguel, que já se revoltara pelo menos duas vezes e estava exilado em Viena, foi nomeado regente do Reino, e o casamento com D. Maria seria arranjado. 

Em 1827, D. Miguel partiu de Viena e em dezembro chegou na Inglaterra, onde conheceu o Duque de Wellington, que na época era o primeiro-ministro do partido conservador e incentivara D. Miguel à restabelecer o Antigo Regime em Portugal, o regente conheceu o Rei Jorge IV e também visitou alguns locais sendo bem recebidos pelos britânicos. Em 13 de janeiro de 1828, ele partiu de Londres rumo à Lisboa, em 22 de fevereiro, a fragata Pérola entrou no rio Tejo sendo recebida por salvas de canhão dos navios e das colinas, ao desembarcar uma multidão lhe esperava com aplausos, sinos de algumas igrejas tocando, hinos sendo cantados, flores sendo jogadas do alto das janelas, o povo gritava nas ruas: Viva o Senhor D. Miguel I nosso rei absoluto enquanto outros gritavam: Morte para D. Pedro e Morte para a constituição liberal.

Esse apoio popular é explicado pelas décadas de guerras, invasões e revoltas que arruinaram o país que também perdeu o status de Metrópole para o Brasil, o povo logo acreditou que somente um rei forte poderia salvar a nação, além disso, os liberais eram maçônicos anticlericais e anticatólicos justo num país onde quase cem por cento da população era católica tendo um grande apreço pela Igreja Católica, pois esta era a principal instituição de caridade fornecendo alimento e abrigo aos mendigos e necessitados, também D. Miguel era um católico bastante devoto e via a Maçonaria como um dos sérios problemas do país

Em 13 de março de 1828, D. Miguel dissolveu as Cortes e nem convocou novas eleições. Em 7 de julho de 1828, as novas Cortes aclamam D. Miguel I como legítimo Rei de Portugal sendo reconhecido pela Santa Sé, Espanha e Estados Unidos, pouco tempo depois tropas liberais da cidade do Porto revoltaram-se e marcharam para Coimbra, mas D. Miguel reorganizou suas tropas que reprimiram os liberais, em Lagos, os liberais também se revoltam e novamente são derrotados e presos, muitos fogem para a Espanha e Inglaterra.

Na tentativa de impor o seu regime absolutista, D. Miguel depôs o regime monárquico-constitucional de D. Maria dando início a seis anos de conflitos armados com intervenções da política internacional, As ilhas da Terceira e da Madeira juram fidelidade à D. Maria, tropas miguelistas tomam a Madeira, mas quando tentam desembarcar na Terceira, o Duque da Terceira que havia reconstruído as defesas da ilha, derrota os miguelistas em logo os Açores fica nas mãos dos liberais.

Para piorar, em 1830, o Duque de Wellington saiu do governo e o novo primeiro-ministro já não via D. Miguel I como rei preferindo ajudar os liberais, também o rei francês Carlos X foi deposto e o novo rei Luís Filipe I também não o considerava como rei e com os ataques de portugueses aos estrangeiros franceses e ingleses que apoiavam os liberais, França e Inglaterra intervém na guerra favorecendo os liberais, uma frota francesa entra no Tejo e captura 8 navios portugueses.

Para resolver a situação, D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal abdica do trono brasileiro para o seu filho D. Pedro de Alcântara (futuro imperador Dom Pedro II do Brasil) e impõe-se, pela força, viaja à Inglaterra, onde monta uma força militar e desembarca nos Açores controlado pelos liberais de lá, apoiado pela Espanha e Inglaterra, em seguida D. Pedro junto com o Duque da Terceira e o Duque de Saldanha desembarca 12,000 soldados liberais na cidade do Porto que era guarnecida por 60,000 absolutistas, os liberais logo tomam os principais pontos da cidade pegando os absolutistas de surpresa, após a conquista do Porto, as tropas liberais podem avançar pelo interior do país. Em 1833, o Duque da Terceira desembarca em Faro, no Algarves apoiado por uma frota britânica, o Duque da Terceira marcha por todo o Alentejo até capturar Lisboa, enquanto isso a frota britânica ataca e derrota a frota absolutista na Batalha do Cabo de São Vicente, o Duque da Terceira captura Lisboa em 1833, D. Maria II é aclamada Rainha de Portugal e seu pai D. Pedro torna-se o regente, o exército miguelista retira-se para Santarém, onde D. Miguel I estabeleceu sua nova base de operações, entretanto o seu antigo aliado o infante espanhol Carlos de Bourbon decidiu retirar-lhe o seu apoio, em seguida o general espanhol José Ramón Rodil y Campillo entrou em Portugal para perseguir D. Carlos de Bourbon e seu pequeno exército durante as Guerras Carlistas, enquanto isso o Duque da Terceira derrotou os miguelistas na Batalha de Asseiceira em 16 de maio de 1834, D. Miguel fugiu de Santarém indo para Elvas, enquanto estava em Évora,os seus generais aconselharam-lhe à se render na Convenção de Évora Monte, e permitir a restauração da Carta Constitucional de 1826,e do trono de D. Maria II, além de derrotar o irmão D. Miguel, colocar sua filha no trono e restaurar a Carta Constitucional, D. Pedro ainda compôs a música do Hymno da Carta que se tornou, de certa forma, o hino português até 1911. Logo em seguida D. Pedro falece vitima de tuberculose.

           

Com a proclamação da república em Portugal, o restante do império passou para o controle da atual República Portuguesa. Isso acaba nos finais do século XX, quando o último território ultramarino de Portugal foi entregue (Macau, 1999, ficando Portugal apenas com dois territórios ultramarinos. 

Conhecido no passado como  Timor Português, foi uma colônia Portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur". Em 30 de Agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas. 

 

 

                          

 
Casa Real Portuguesa
 
O último Rei de Portugal, Dom Manuel II, morreu no exílio em 1932.

Não deixou descendentes. E também não havia descendência legítima portuguesa de sua bisavó (a Rainha Dona Maria II), nem de seu trisavô (o Rei Dom Pedro IV).

Conforme as normas da Carta Constitucional, que aliás seguiu aí os princípios da antiga Lei Fundamental, devia suceder no trono e, portanto, na qualidade de Chefe da Casa Real, o português que proviesse da linha legítima colateral anterior, segundo as regras da primogenitura e representação.

Essa linha colateral anterior era a da descendência da Dom Miguel I, filho de Dom João VI e tio paterno de Dona Maria II.

O filho primogénito varão de Dom Miguel I fora Dom Miguel II. E este tivera três filhos varões, mas o único dentre eles com a nacionalidade portuguesa era Dom Duarte Nuno.

Dom Duarte Nuno era pois, após a morte de Dom Manuel II, o Chefe da Casa Real portuguesa. No caso de a monarquia ser restaurada, cabia-lhe a sucessão no trono de Portugal.

E isto foi reconhecido pela quase totalidade dos monárquicos e pacificamente aceite quer no País quer no estrangeiro.

Dom Duarte Nuno casou perante autoridades consulares portuguesas no Brasil, com Dona Maria Francisca de Orléans e Bragança, legítima descendente da Casa Imperial daquele país e, portanto, do nosso Dom Pedro IV (Imperador Pedro I do Brasil).

Desse casamento nasceu, primogénito, em 1945, Dom Duarte Pio, que com o falecimento de seu pai em 1976, passou a ser o Chefe da Casa Real portuguesa.

Nessa qualidade, sempre tem servido o País, procurando, com permanente actividade corresponder às numerosas iniciativas para que é solicitado, quer de representação dos Reis de Portugal, quer para fazer viver o rico património cultural que eles incarnavam, quer de ajuda e promoção da ajuda aos mais desfavorecidos, quer em diligências junto de entidades estrangeiras, nomeadamente nos países da CPLP.

Dom Duarte Pio foi afilhado e herdeiro patrimonial da Rainha Dona Amélia (mãe de Dom Manuel II) e hoje é o Chefe da Casa Real Portuguesa.